Nossas experiências com a leitura...

JOSELENE SIVIERO KIIL

 02/06/13

Desde a infância gostei muito de leitura, o que pratico até hoje. Só não leio mais por falta de tempo. Concilio as leituras para a atualização profissional e outras também que acho interessante. Quando criança nem gostava tanto das aulas de matemática, mas a partir do momento em que percebia o quão importante era para nossa vida fui cada vez mais me apaixonando. Quando resolvendo as atividades, não importava a maneira de raciocínio, nem qual método aplicado o resultado era o mesmo, isso é fascinante! Acho que as crianças/adolescentes não fazem tanta questão de ler, de querer entender e cabe a nós professores tentar motivá-los a cada dia.

MAGALI RIBEIRO BELMUDO

30/5/2013 9:18

Meu pai, um homem muito simples, mas de mente muito aberta, sempre icentivou a mim e a meus irmãos o gosto pelos estudos, seu sonho era cursar o antigo mobral, mas devido a vida difícil, deixou a mim a responsabilidade de realização de seu sonho.... Minha experiência com a leitura também começou na escola, a leitura da Montanha encantada, Cachorrinho Samba, ainda me remete á 'fortes emoções', entre vários outros livros citados nos depoimentos que abriram em minha vida um leque de novas perspectivas, de sonhos e imaginações..., descobri então, a biblioteca da cidade e acreditem, virei rata de biblioteca, minha mãe não se conformava como uma pessoa podia passar horas e horas, sentada em um sofazinho para 'só' ler, meu pai dizia: 'deixa a menina'... que delícia este tempo de descobertas de que o mundo não se resumia apenas a meu bairro, minha cidade. Hoje, com a vida mais corrida (sentindo imensa falta de meu pai, que perdi a pouco tempo), sigo lendo sempre que tenho um tempinho, hoje com alguns exemplares na prateleira, fico com vergonha de dizer que 2 ou 3 volumes ainda não foram lidos. Para minhas filhas e sobrinha, compro sempre que posso um exemplar de livro condizente á sua faixa etária, na esperança de que este gosto se perpetue.

MARCIA LUIZA BERLOFA

Infelizmente, não tive uma boa experiência com a leitura na infância, por ser de família menos privilegiada, meus pais não davam muita importância às leituras em si achavam perda de tempo, mas gostavam muito de contar relatos da vida real de meus antepassados, como foi à infância árdua e sofrida deles, pois na época criança trabalhava como gente grande. Minha primeira experiência com a literatura infantil foi na 4° série, com a professora Lúcia, nunca mais esqueci, ela chegou com uma pilha de livros na sala e foi chamando por ordem das filas para que escolhêssemos um livro, os primeiros foram pegando os livros mais fininhos, quando chegou minha vez, não sabia o que fazer os fininhos já haviam “ido”, então escolhi um dos menos grossos, pois não me interessava muito em ler, se chamava: _A ilha perdida, quando comecei a ler não queria mais parar, que história, fascinante e interessante, mas sempre era interrompida pela minha mãe, que dizia:_ Vamos menina deixa de bobagem, tem um monte de serviço pra fazer e depois vai vender verduras comigo... Eu até gostava de ir vender verdura, mas odiava o serviço de casa, teria de parar a leitura tão maravilhosa. Até que um dia apanhei porque estava lendo ao invés de fazer as tarefas domésticas... “Nunca” mais peguei um livro para ler a não ser para estudar. Hoje como professora vejo a importância que a leitura exerce no desenvolvimento cognitivo das crianças e gosto de ver eles apaixonados pelas histórias, com isso aprendi a aprender gostar de ler novamente... Não culpo de maneira nenhuma meus pais, amo eles de paixão, sempre foram atenciosos e muito amorosos, mas eram de época e cultura diferentes da nossa, mesmo assim sempre fizeram o melhor que podiam para seus filhos e agradeço muito a Deus por ter pais como os meus.

MARA ELOIZA AOKI

Minha experiência com leitura e escrita começa na escola mesmo, pois meus pais nunca tiveram hábito de leitura. Sempre estudei em escolas aqui mesmo de Promissão, aprendi a ler e a escrever com a cartilha Caminho Suave.

Um fator que me ajudou muito ampliar essa experiência foi a leitura da Bíblia. Como sempre a li muito isso aumentou a minha visão dessas habilidades. Hoje leio de tudo, e tento levar essas possibilidades de ampliação de novos universos aos meus alunos.

 JULIANO DE FALQUE BONFIM

Quando criança, tive meus primeiros contatos com a leitura na 1ª série (atual 2º ano) quando minha professora, na época, sempre lia histórias de livrinhos infantis como "Fogo no céu" ou "O pote de melado". Gostava de ouvir as histórias, mas até a quarta série não me interessava em ler... Na verdade, para ser bem sincero não gostava de ler, preferia ouvir as histórias. Na 4ª série comecei a despertar o interesse na leitura, lia de tudo: revistas em quadrinhos, livros infantis e outros livros mais "volumosos" com cerca de 100 ou 200 páginas. Foi na 4ª série que comecei a passar mais tempo na biblioteca onde fiz amizade com a bibliotecária que sempre me indicava bons livros... Particularmente gostava muito de histórias de terror, mistério, suspense. Quando me mudei passei a ler livros maiores com histórias mais longas, mas não menos interessantes... Me lembro até hoje de um livro que li na 6ª ou 7ª série do qual jamais me esqueci, se chamava "Através do espelho" de Jostein Gaarder, um dos meus livros preferidos até hoje. A partir daí desenvolvi de vez o gosto para a leitura. Um dia, na casa de minha avó, encontrei uma caixa com diversos livros que pertenceram ao meu pai e meus tios quando tinham minha idade. Lembro como se fosse hoje a alegria que senti ao segurar aqueles livros, "devorei" cada um deles e foi ai que conheci os grandes clássicos nacionais como Machado de Assis (meu favorito), Aluízio de Azevedo, entre outros. Foi ai comecei a formar minha biblioteca que continua a crescer!

Na faculdade gostava de ler sobre história da matemática, principalmente sobre grandes feitos dos matemáticos. Gosto até hoje!

Adoro ler e desenvolvi este gosto desde pequeno e acredito que para começar a gostar de ler uma criança precisa ser incentivada e ter livros interessantes para a idade ao alcance das mãos sempre que possível mesmo que seja apenas uma revista em quadrinhos (assim como eu tive). É assim que penso em incentivar meus futuros filhos e tento, hoje, incentivar meus alunos.

LUCILIA DE AGUIAR SILVA